A medicina atual não fornece resposta aos anseios profundos das pessoas que adoecem. Os sintomas não são mais entendidos como símbolos em direção a totalidade, à ampliação da consciência. A própria sociedade depara-se com questões neuróticas e patologias do vazio. Estas questões parecem ser decorrentes da cisão que o homem teve da ligação com suas raízes arquetípicas, através da perda do mito e da morte dos deuses. Sem o mito, o homem fica perdido, sem as "coordenadas" da alma. Os deuses não morreram, apenas tornaram-se doenças. Os conteúdos psíquicos que eles representam ainda estão presentes na atualidade regendo os seres humanos de forma inconsciente. Os mitos têm o poder de resgatar a alma humana, guiá-la, sustentá-la e reconectá-la ao ritmos maiores da vida. Os conteúdos arquetípicos denominados "deuses" pedem atenção, querem participar de nossa vida, inspirá-la e resignificá-la. Se conseguirmos retomar a ligação com nosso mito pessoal e com os deuses que nos regem, poderemos encontrar mais sentido em nossas vidas e poderemos vislumbrar o divino em cada pequeno ato diário.
Buscando a Alma – Do Sintoma ao Sentido
Esta monografia foi defendida em 14/11/2014 por Roberto Fábio Lehmkuhl e publicada em 29/01/2015 com a autorização do autor.