Os Livros negros, que acabam de ser publicados pela primeira vez não só no Brasil, mas no mundo, retratam um momento crítico da trajetória do psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961): o período entre 1913 e 1932, da consumação da traumática ruptura com Sigmund Freud até a consolidação dos principais conceitos e temas de sua própria corrente de pesquisa e terapia, conhecida como psicologia analítica.
Para Sonu Shamdasani, organizador da edição, não se trata de diários na acepção corriqueira do termo, ou seja, de confidências meramente pessoais, mas de “registros de uma auto-experimentação singular que Jung chamou de um ‘confronto com o inconsciente’.
Essa auto-experimentação consistiu no exercício do que viria a ser uma das marcas da terapêutica junguiana, ao lado da interpretação dos sonhos: a imaginação ativa, método pelo qual o paciente, sob o atento acompanhamento do analista, é convidado a contemplar e “conversar” com personagens psíquicos portadores de conteúdos inconscientes relevantes para destravar os nós emocionais e construir uma nova compreensão da vida.
Leia a matéria na íntegra : https://www.quatrocincoum.com.br/br/artigos/psicologia/diarios-de-uma-guerra-interior
Caio Liudvik
01mai2021 09h31 (07mai2021 08h49)
Folha de São Paulo